CICLOS E CICLONES
Quis a ternura de mãos abertas
De braços estendidos para oferecer... Mas teus punhos se cerraram Ao redor dos meus sonhos E com pancadas violentas Profanaste o nosso passado E assassinas-te, no presente, Nossa promessa de futuro Ainda é noite e, apesar do escuro, Posso ver o ódio iluminando teu rosto E sentir, em palavras duras, O gosto amargo da humilhação e dor Transformando em heresia, hoje, O que ontem chamou de amor Regando veneno em nosso jardim, Matando as cores de um botão em flor... Mas nada escapa ao paciente tempo Que se encarrega de reciclar Tudo que é vida, tudo transforma Num novo ciclo ao se completar... Nascer de novo, rever o sol, Sentir o cheiro da terra, o vento, Criar raízes, se estruturar, Brotar a flor, virar botão Desabrochar e perfumar...
susybar
Enviado por susybar em 25/08/2009
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